Figurino de Novo Mundo é inspirado em obras de artista plástico francês
Estreia hoje a nova novela das 18h, Novo Mundo. Como sempre, o blog vai antecipar um pouco o que vem por aí em termos de figurino e referências estéticas que vão nortear a trama. Ambientada no século XIX, a novela vai retratar o choque cultural no Brasil entre 1817 e 1822, com a chegada dos europeus a um país tropical, sem saneamento básico e com costumes bem diferentes do Velho Mundo. A figurinista Marie Salles conta que as obras do pintor e desenhista francês Jean-Baptiste Debret serviram de referência para a composição dos figurinos. O artista integrou a Missão Francesa que chegou ao Brasil em 1816 e tem em seu trabalho um acervo de peso para o estudo da história e da cultura brasileira na primeira metade do século XIX. Com uma equipe de 8 alfaiates, 8 aderecistas e 25 costureiras, Marie desenvolveu o trabalho de época focando na peculiaridade de cada núcleo da novela, com uma cartela de cores para cada personagem.

Mais uma obra do artista plástico francês cujo acervo serviu de inspiração para os figurinos de Novo Mundo

O contraste entre as culturas dos dois mundos, o Novo e o Velho, poderão ser perceptíveis nos figurinos de quem chega no Brasil e quem vive aqui
Anna (Isabelle Drummond)
A professora de português de Leopoldina vem da Inglaterra e, por isso, tem figurino inspirado nos vikings que colonizaram a região. A figurinista conta que a personagem de Isabelle Drummond é um pouco sombria, mas usará muito branco. Anna vai usar muitas tiaras, detalhes delicados nos cabelos, luvas bordadas, e uma cartela de cores que vai ficar marcada por vermelho e branco. A transparência também estará bastante presente na composição estética das peças usadas pela personagem.
Leopoldina (Letícia Colin)
Marie conta que pensou nas princesas austríacas do século XIX para compor o figurino da personagem. Logo que chega ao Brasil, no Rio de Janeiro, a princesa passa muito calor, pois continua usando peças pesadas, com muitos babados, bordados, quase sem decotes, até que ela se adeque ao clima do país. Ao site da novela no Gshow, a figurinista revela que em em segundo momento, Leopoldina começará a se vestir de forma mais simples, até por que o dinheiro acaba. Além disso, a princesa vai começar a usar as roupas de Dom Pedro.
Dom Pedro (Caio Castro)
Ao contrário da princesa Leopoldina, Dom Pedro conhece o clima local e não se veste como um príncipe em seu dia-a-dia. As dragonas e insígnias de metal serão reservadas para as ocasiões especiais, que exigem este tipo de adereço. Por isso, Caio Castro vai desfilar em cena com um figurino leve, com calças, camisas, botas e chapéu tropeiro.
Joaquim (Chay Suede)
Joaquim vai ser um verdadeiro camaleão em termos de figurino. Marie Salles conta que apenas na primeira cena o personagem usa uma roupa dele mesmo. Depois, ele vai se apropriando do estilo de outros personagens, de acordo com as ocasiões que se seguem em sua vida. Chay vai passear entre os figurinos de um alerquim, um marinheiro e um pirata, para viver o mocinho da nova novela das 18h.
Joaquim (Gabriel Braga Nunes)
O oficial inglês usa uniforme o tempo todo. A casaca com dragonas de metais e de insígnias não deixam dúvidas sobre sua patente. Marie conta que o personagem de Gabriel Braga Nunes teve figurino desenvolvido ali mesmo, na Globo, com muito trabalho de bordado em linha dourada com relevo, para dar mais riqueza à composição.

As dragonas de metal dourado e a casaca estruturada ajudam a manter o porte e a postura altiva do oficial
Piatã (Rodrigo Simas)
Irmão adotivo de Anna, personagem de Isabelle Drummond, Piatã mescla referências europeias e indígenas, mesmo que não tenha grandes lembranças de sua origem. No site da novela Novo Mundo, no gshow, Mari contou: ”Eu o vesti meio inglês, com a casaca, em uma mistura de índio com europeu. Ele foi criado pelo pai da Anna, que era um comandante. Viajavam muito e moraram em vários lugares do mundo. Quis passar um pouco disso para os dois. Ele se veste como inglês, mas não se dá bem com aquela roupa, por isso é meio velha, caída e incômoda”.