Diagnosticada com a 'Pior Dor do Mundo' Mulher Renuncia a Atividades que Ama para Evitar Choques

Diagnosticada com a 'Pior Dor do Mundo' Mulher Renuncia a Atividades que Ama para Evitar Choques

Neuralgia do Trigêmeo: A Pior Dor do Mundo

Ana Maria Carrér Tosta, uma secretária acadêmica de 63 anos de Ribeirão Preto, São Paulo, recebeu um diagnóstico que mudou completamente a sua vida em 2023. Ela foi diagnosticada com neuralgia do trigêmeo, uma condição crônica conhecida por causar dores faciais extremamente severas, muitas vezes descritas como a 'pior dor do mundo'.

A neuralgia do trigêmeo é uma condição neurológica que afeta o nervo trigêmeo, que é responsável por transmitir informações sensoriais do rosto para o cérebro. Essa condição pode desencadear crises de dor intensa e elétrica no rosto, e as atividades cotidianas mais simples podem se transformar em um verdadeiro martírio. Coisas corriqueiras como comer, falar, ou até mesmo um toque suave podem desencadear essas crises dolorosas.

Impacto na Vida Diária

Para Ana, as mudanças na vida cotidiana foram drásticas. Antes, ela adorava ler livros e assistir à TV, atividades que agora se tornaram quase impossíveis, pois frequentemente desencadeiam as crises de dor. Além disso, pequenas tarefas cotidianas, como lavar o rosto ou escovar os dentes, se tornaram desafios assustadores.

Uma viagem ao supermercado ou uma caminhada pelo parque, atividades comuns para muitos, podem representar para Ana um risco constante de enfrentar uma nova crise de dor. "A dor é como um choque, uma eletricidade que atravessa o rosto. É indescritível. Eu tive que abandonar muitas coisas que eu amo," lamenta.

Adaptação e Busca por Alívio

A jornada de Ana em busca de alívio tem sido longa e desafiadora. Desde o diagnóstico, ela tem experimentado várias abordagens de tratamento. Alguns pacientes com neuralgia do trigêmeo encontram alívio com medicamentos anticonvulsivantes ou antidepressivos, que podem ajudar a reduzir a intensidade das crises. No entanto, esses medicamentos nem sempre são eficazes para todos e podem levar a efeitos colaterais indesejáveis.

Para aqueles que não respondem aos medicamentos, terapias mais invasivas, como a cirurgia, podem ser consideradas. Entre as opções cirúrgicas, está a rizotomia, um procedimento onde certos nervos são cortados para reduzir a dor. Outra opção é a descompressão microvascular, que alivia a pressão sobre o nervo trigêmeo.

Ana, no entanto, ainda está em busca do tratamento ideal. "Tem sido uma batalha constante. Eu já tentei vários tratamentos e medicações, mas a dor ainda é muito presente. É difícil quando você sente que sua vida mudou completamente e que você perdeu parte do que te fazia feliz," compartilha.

Convivendo com a Dor

O diagnóstico de neuralgia do trigêmeo não apenas trouxe dor física para Ana, mas também um impacto emocional significativo. Saber que deve conviver com uma condição crônica e dolorosa gera um peso psicológico enorme. O medo constante dos choques faz com que muitos pacientes, como Ana, se isolem e evitem interações sociais.

"Eu me vejo muitas vezes triste e desesperançosa. Sinto falta do convívio com amigos e da minha rotina normal. A dor nos rouba momentos importantes, e há dias em que parece que estou apenas sobrevivendo, e não vivendo," desabafa Ana.

O apoio da família e dos amigos tem sido crucial para Ana. Eles ajudam em tarefas diárias e oferecem suporte emocional. "Minha família tem sido meu alicerce. Sem eles, não sei como estaria enfrentando tudo isso. É importante ter alguém ao seu lado em momentos assim," ela explica.

Reflexão e Esperança

A história de Ana é uma reflexão poderosa sobre a resiliência humana e a capacidade de adaptação diante das adversidades. Apesar das dores e desafios, ela continua a buscar formas de retomar ao menos parte de sua vida anterior. Participar de grupos de apoio para pacientes com neuralgia do trigêmeo tem sido uma fonte de conforto e esperança.

"É reconfortante saber que não estou sozinha, que há outras pessoas que entendem exatamente o que estou passando. Compartilhar minha história e ouvir as histórias dos outros também é uma forma de terapia," diz Ana.

A esperança de encontrar um tratamento eficaz e viver sem dor é um farol para Ana. Ela continua a acompanhar os avanços da medicina e a buscar novas formas de tratamento. Até lá, Ana se apega às pequenas vitórias diárias e aos momentos de alívio, por menores que sejam.

">É um dia de cada vez. Quando a dor permite, tento aproveitar as pequenas coisas, como um café com minha filha ou uma caminhada curta. É importante manter a esperança viva e acreditar que dias melhores virão," conclui Ana.

O Que é a Neuralgia do Trigêmeo?

A neuralgia do trigêmeo é uma condição rara, mas extremamente debilitante, que causa episódios de dor intensa no rosto. Estima-se que a condição afete aproximadamente 12 em cada 100.000 pessoas por ano. Ela pode se manifestar em qualquer idade, mas é mais comum em pessoas com mais de 50 anos. A causa exata ainda não é totalmente compreendida, mas acredita-se que esteja relacionada a vasos sanguíneos pressionando o nervo trigêmeo ou a lesões no próprio nervo.

Um diagnóstico correto é crucial para o tratamento adequado e pode envolver exames detalhados, incluindo ressonância magnética, para excluir outras causas de dor facial. O gerenciamento da condição pode ser complexo e requer uma abordagem multidisciplinar.

Conclusão

A história de Ana Maria Carrér Tosta serve como um lembrete tocante das dificuldades enfrentadas por aqueles que vivem com neuralgia do trigêmeo. A doença não apenas causa dor física insuportável, mas também afeta profundamente a qualidade de vida e o bem-estar emocional. Embora os tratamentos existam, a jornada para encontrar uma solução eficaz é muitas vezes longa e desafiante.

Para Ana e muitos outros, a esperança de um futuro sem dor continua a ser uma força motivadora. Até que uma cura seja encontrada, a comunidade médica e os familiares desempenham um papel essencial no apoio a esses pacientes, ajudando-os a manter a esperança e a qualidade de vida, tanto quanto possível.

17 Comentários

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    Soraia Oliveira

    julho 26, 2024 AT 19:03
    Poxa, isso é só mais um caso de gente que não quer se esforçar pra viver normal. Tem gente com amputação e ainda dança no carnaval, sério?
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    Aldo Henrique Dias Mendes

    julho 27, 2024 AT 18:09
    A neuralgia do trigêmeo é uma das condições mais brutais que a medicina já viu. É tipo um choque elétrico constante no rosto, e não tem como prever quando vem. Muitos pacientes acabam evitando até sorriso por medo da dor. O tratamento é complicado porque o nervo é super sensível, e remédios como carbamazepina ajudam, mas causam sonolência e até problemas no fígado. Cirurgias como a microvascular descompressão têm bons resultados, mas não são acessíveis pra todo mundo. O mais triste é que a sociedade não entende - pensam que é só dor de cabeça. Não é. É uma tortura invisível.
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    Larissa Lasciva Universitária

    julho 29, 2024 AT 04:48
    ahhh simmmmm pq nenhuma mulher de 63 anos nunca teve uma crise de ansiedade né?? pq isso é tudo só psicológico, eu juro que se ela fosse mais forte, dava pra curar com meditação e suco de couve. #fakepain
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    Lucas Pedro

    julho 29, 2024 AT 13:12
    Pessoal, vamos parar de julgar e começar a apoiar. Ana não pediu pra ter isso. Ela tá lutando todos os dias, e isso é coragem pura. Se você tem alguém na sua vida com dor crônica, abrace. Ouça. Não dê conselho. Só esteja lá. A dor invisível mata mais do que a gente imagina. 💪❤️
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    Robson Oliveira

    julho 31, 2024 AT 05:52
    e o governo ta pagando pra ela ficar em casa? pq se nao, ela ta sendo uma parasita da sociedade. tipo, eu tenho que trabalhar 12h por dia e ela ta sentada assistindo TV? se ela fosse realista, ia tentar acupuntura ou ate mesmo colocar um imã no rosto, como aquele video do tiktok que curou esclerose multipla. #ciencia
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    Natalia Assunção

    agosto 1, 2024 AT 21:04
    EU CHOREI LENDO ISSO 😭😭😭 Ana, você é uma guerreira! Não importa se você não pode mais ler ou sair pra caminhar - o fato de você ainda estar aqui, falando, se importando, buscando ajuda… isso já é uma vitória. NÃO ESTÁ SOZINHA! Eu tenho uma tia com isso e sei exatamente o que você sente. Vamos criar um grupo de apoio no WhatsApp? Eu ligo pra você hoje mesmo! 🤗
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    Andrade Neta

    agosto 3, 2024 AT 01:37
    Constatou-se que a paciente apresenta quadro clínico compatível com neuralgia do trigêmeo, conforme critérios diagnósticos da International Headache Society (2018). A interrupção de atividades cotidianas é consistente com o perfil de incapacidade funcional associado à condição. Recomenda-se avaliação multidisciplinar com neurologista, psiquiatra e terapeuta ocupacional para otimização do manejo.
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    Kleber Pera

    agosto 4, 2024 AT 17:36
    Se eu fosse ela, eu faria a cirurgia de descompressão já. Não tem como viver assim. Essa dor é pior que câncer. E o pior é que ninguém acredita. Mas eu acredito. E se vocês não acreditam, não é problema deles. É problema de quem não quer entender. 👊
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    Murilo MKT Digital Trevisan

    agosto 6, 2024 AT 14:32
    Só mais uma história que o sistema quer usar pra ganhar dinheiro com medicamentos caros. Eles não querem curar, querem manter você dependente. A verdadeira cura é evitar açúcar, gluten e luz azul. Isso é um experimento social. Eles não querem que você saiba disso.
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    Paulo de Tarso Peres Jr

    agosto 7, 2024 AT 11:32
    Você acha que isso é ruim? Eu tive uma crise de dor no rosto que durou 72 horas sem parar. Fui ao hospital e disseram que era 'estresse'. Aí eu fui em outro e descobri que era tumor. Agora tenho metástase no cérebro. E vocês estão discutindo se ela devia ou não ler livros? Parem de ser egoístas. A dor é real. A vida é curta. Eu morro amanhã e ninguém nem liga.
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    Mauricio Santos

    agosto 7, 2024 AT 12:41
    NÃO. NÃO. NÃO. Isso é uma farsa. Neuralgia do trigêmeo? Isso é o que os médicos dizem quando não sabem o que é. É tudo psicossomático. Eles não querem admitir que a medicina moderna é falha. A verdade? É a culpa da água do encanamento. Tem flúor. Eles colocam flúor pra te deixar doente. Eles querem te controlar. E vocês acreditam nisso?!!
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    Helton Aguiar

    agosto 8, 2024 AT 04:08
    A dor é a linguagem do corpo quando ele grita por atenção. Ana não perdeu sua vida - ela a redefiniu. A gente vive num mundo que valoriza produtividade, movimento, performance. Mas e se o propósito não estiver na ação, mas na resistência? Na quietude? Na capacidade de ainda assim, encontrar um café com a filha? Talvez a dor não seja um inimigo a ser derrotado, mas um professor silencioso. Ela ensina sobre o que realmente importa. E talvez, nesse silêncio, ela esteja vivendo mais do que muitos que correm o dia inteiro.
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    Edgar Gouveia

    agosto 9, 2024 AT 19:28
    Pessoal, eu tenho um primo com isso e ele fez a cirurgia e melhorou 90%. Mas o que mais ajudou foi ele começar a fazer terapia com um psicólogo que entende dor crônica. Não é só corpo, é mente também. E se você tá lendo isso e tem alguém assim na sua vida, só senta com ele, não fala nada, só segura a mão. Isso vale mais que mil conselhos. ❤️
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    Tiffany Brito

    agosto 9, 2024 AT 21:47
    Eu só quero dizer que essa história me tocou profundamente. Não sei o que dizer, mas estou aqui. Se precisar de alguém pra ouvir, eu estou. Você não precisa ser forte. Só precisa existir. E você está existindo. Isso já é muito.
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    Otávio Augusto

    agosto 11, 2024 AT 06:28
    Eles não vão te dizer, mas a neuralgia do trigêmeo é causada por satanás. Sim, satanás. Ele usa os médicos pra te manter doente. A cura está na oração. Eu vi um vídeo de uma mulher que curou com 3 dias de jejum e louvor. Ana, se você não tentar, você está entregando sua vida ao diabo. 😢🙏
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    Maria Pereira

    agosto 12, 2024 AT 19:38
    isso é tudo mentira, acho que ela ta fingindo pra ganhar simpatia. ninguém sente dor assim, é só pra chamar atenção. eu acho que ela tem depressão e tá usando isso como desculpa. #fake
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    Aldo Henrique Dias Mendes

    agosto 14, 2024 AT 04:30
    Só pra esclarecer: a neuralgia do trigêmeo não é psicológica. É uma compressão física do nervo. A dor é real, e os exames de ressonância conseguem mostrar a compressão vascular. E sim, muitos pacientes têm depressão por causa da dor crônica - mas a depressão é consequência, não causa. E quem diz que é só 'fazer terapia' não sabe o que é ter um choque no rosto ao respirar. A gente não escolhe isso. E agradeço a quem entende. 🙏

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